Na UFMG, machistas não passarão!

domingo, 27 de outubro de 2013

Nos últimos dias, xs estudantes feministas da UFMG encamparam uma grande luta contra o machismo na universidade. Nós da ANEL - Assembleia Nacional dos Estudantes Livre - e do MML - Movimento Mulheres em Luta- estivemos presente construindo essa luta e dando todo nosso apoio. 

Francisco Coelho, conhecido como Chico, professor do departamento de Ciências Sociais da UFMG, era conhecido por assediar alunas, comentar sobre a roupa das estudantes na sala de aula e dar declarações como: “Mulher menstruada não serve para nada. Nem para consumo oral”. Mas para a surpresa de Chico, após o último assédio que cometeu contra uma aluna, o movimento estudantil respondeu abrindo um processo contra o professor e articulando um escracho na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - FAFICH, onde dava aula. Cerca de 100 estudantes circularam pelo escracho, em que as principais palavras de ordem eram “eu quero Chico fora desse lugar” e “dentro da FAFICH machistas não vão passar”. 

E não passou. Após o escracho, o colegiado do curso e o diretor da FAFICH se reuniram com o centro acadêmico de ciências sociais – cacs- e decidiu pelo imediato afastamento do professor. Além disso, se instaurou uma comissão para apurar os fatos e apresentar uma resolução em 30 dias. 

Em uma universidade que se calou diante de um trote machista e racista amplamente discutido na mídia e nas redes sociais, essa é uma grande vitória. O afastamento de Chico é decorrente da indignação de cada estudante que aprendeu com as jornadas de junho que lutando é possível vencer. 

Mas Francisco Coelho não é o único professor machista nem da UFMG nem das universidades brasileiras. Outro escracho foi realizado na última semana contra o professor Antônio Zumpano, do departamento de Matemática, também conhecido por seus comentários machistas, por seu perfil no facebook que culpabiliza as vítimas de agressões sexuais, além de ser adepto de Marco Feliciano. Está sendo aberto um processo contra Zumpano e o movimento tem se articulado para coibir o professor, que desde o último escracho não voltou para a sala de aula.

Queremos uma universidade sem catracas para as mulheres, por isso o movimento estudantil deixou um alerta aos professores machistas: nenhum mais passará na UFMG! Hoje foi o Francisco, amanhã será o Zumpano, até que a universidade esteja livre dos professores machistas. 


Chega de opressão! Na UFMG machistas não passarão!
Por uma universidade livre! Sem catracas para as mulheres!

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