As mulheres são as mais afetadas pelas recentes medidas do governo Dilma e pelo aumento do custo de vida!
O ano mal começou e em vários estados houve aumento nas tarifas de transporte, energia elétrica e preço dos alimentos. Nos maiores estados do país está faltando água. E, para completar, o governo Dilma anunciou um pacote de ataques aos direitos previdenciários e trabalhistas, através das MPs 664 e 665.
Essas medidas visam atender aos interesses dos grandes empresários e de uma economia internacional em crise. Infelizmente, o PT segue aplicando a velha receita dos partidos da direita. O PSDB e o PMDB, apesar de aparecerem como oposição, apóiam o repasse de metade do orçamento do país para pagamento dívida pública e também querem a retirada de direitos. Enquanto isso, os ricos seguem lucrando e faltam recursos para saúde, educação e combate à violência contra a mulher.
Neste 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras, vamos seguir o exemplo das greves e mobilizações que aconteceram. É hora das mulheres trabalhadoras, junto com nossa classe, protestar de forma independente, sem depositar nenhuma confiança nos governos ou alternativas de direita. Vamos exigir a revogação das MP’s 664 e 665; lutar por creches públicas, gratuitas e de qualidade; pela legalização do aborto e por mais investimentos no combate a violência contra a mulher .
De todos os beneficiados pela pensão por morte 86,8% são mulheres e em média recebem pouco mais de um salário mínimo. Isso pode ser explicado pela maior dificuldade das mulheres de ingressar no mercado formal de trabalho, fruto do machismo em nossa sociedade. As mulheres, que já tem um histórico de exploração e opressão em suas vidas, ao terem seus companheiros mortos, serão mais penalizadas ainda.
Em relação ao auxílio-doença, vai ser quase impossível conseguir o benefício, principalmente para as mulheres que sofrem com lesões por esforço repetitivo, fibromialgia, depressão, as chamadas “doenças invisíveis, pois o laudo ficará a cargo dos médicos das empresas. O auxílio reclusão, muitas vezes a única fonte de renda das famílias dos presos, terá a mesma regra da pensão por morte. Dificultará mais a vida das mulheres que dependem do benefício.
As mulheres são cerca de 35% dentre os que recebem seguro-desemprego.. A maioria das mulheres é empregada nas empresas terceirizadas, no telemarketing, na cozinha, limpeza e demais setores de serviços, que junto com a construção civil, agricultura e comércio, são os que apresentam maior índice de usuários do seguro-desemprego. São setores com alta rotatividade e grande precarização. A economia de R$ 18 bilhões que o governo Dilma pretende fazer com essas medidas será à custa de mais sofrimento das trabalhadoras. Os grandes empresários, banqueiros e latifundiários não serão nem um pouco afetados, ao contrário, irão lucrar ainda mais com a vulnerabilidade dos trabalhadores.